A PALAVRA

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Antes de tentar dizer o que é ou ditar “a palavra” para soletrar rapidamente, precisamos argumentar mais sobre ela. Uma “palavra” que cabe em muitas frases, pequenas, grandes e as vezes nem sonoras.
Alguns são capazes de dizer que ela reluz durante anos, mas que é possível ser diminuta. Parece perturbadora a ideia de que algo que pode ser longo, também consiga findar em instantes. E não se escandalize quando souber, porque não é nada que você já não tenha feito de utilidade no seu armário da vida.
Conversando com meus próprios entendimentos, tentando entender o que leva alguém tão sábio a cair na cilada que “essa palavra” pode ocasionar. Outrora vi, que algumas pessoas usam ela com uma intensidade absurda. Bem diria enlouquecedora.
Que envolve sua preza, como gato. Se diverte com a comida antes de destroça-la em seus dentes finos que dias antes parecia sorrir com “aquela palavra”. (Que não permitida o uso em horários nobres). Impressionante como consigo observar a frieza com que ela se apaga da língua de alguns seres. Antes proclamada para um e em segundos, aclamada para outro.
Afinal não pode ser compartilhada “essa palavra”? Quando os sentidos não são duplos, triplos, ou incontínuos, podem. É uma palavra que coleciona sentidos, mas não dá para usa-la com bigamia em seus luxos de achar que tudo pode.
Incrível é como ouço dizer que ela perde o valor quando se depara com manias indesejadas, ou defeitos mal calculados antes de definir o real sentido que quer dar para ela. Uma louça na pia, uma toalha na cama, uma tampa não posta, uma comida estragada na geladeira. Espere! Gravíssimo, pegue leve com as coisas desgastantes.
Ela pode perder o sentido e se desencaixar por coisas mais leves do que louça na pia. Leves como transferir a falta “dessa palavra” em lençóis. Afinal, quem vive sem ela nos colchões? Brecha legalizada para transferir “a palavra” para outro alguém. E no fim quando tudo já não é mais escondido e a descoberta chega, jura-me “essa palavra” até o fim da morte.
Mas quando “essa palavra” se encaixa em uma amena ligação de confiança? É possível estraga-la também? Creio que se esse não for o caminho pior, ainda não sei onde ela pode chegar. Pois nada perde toda conjugação quando se perde a certeza de que é possível sentir “essa palavra” por um amigo.
Se a louça não é problema, imagine a traição de alguém milimetricamente companheira? Anos podem se passar, mas se “essa palavra” tiver sentido de “sucker” para quem a recebeu, não valeu de nada ser dado. Não adianta dizer que o passado é passado, quando quem constrói o que sente hoje é justamente o passado.
Mas não se antecipe. Com o poder que “essa palavra” tem, não há quando e nem com quem. Ela pode curar alguém. Alguém que perdeu a esperança nela, que teve outra apresentação do seu real sentido. Mas lembre-se, não importa qual definição você conheceu “dessa palavra”, e nem qual significado o Aurélio vá lhe dar. Todas as traduções perder o valor e o significado, quando ela é reescrita na cruz.
Quando o AMOR, por AMOR, escolheu AMAR você.


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